quinta-feira, abril 15

Europa/Renováveis: a 'fatia de leão' da factura energética em 2050

Por: Margarida Vaqueiro Lopes
Fonte: Económico

Dados da Fundação Europeia para o Clima (ECF) mostram que é tecnicamente viável que em 2050 a Europa possa satisfazer a maior parte das necessidades energéticas através de energias renováveis.
Esta é provavelmente a única forma de conseguir reduzir os níveis de poluição em 80%, pelo menos, até 2050. Um estudo feito pela ECF dá conta de que "é tecnicamente possível e não sai caro. Os preços serão praticamente os mesmos que actualmente", assegurou a secretária de Estado para as Alterações Climáticas do Governo Espanhol, Teresa Ribera, citada pelo site ‘Cinco Dias'.
O documento diz que a Europa pode reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 80% por ano , bem como cortar, anualmente 350 mil milhões de euros em gastos com energia.
Para isso, terá que haver uma aposta maior nas energias renováveis, até porque "a capacidade nuclear e os combustíveis fósseis existentes actualmente vão estar praticamente esgotados em 2050", comentou à Bloomberg Tom Brookes, responsável pelo Centro de Estratégia Energética da ECF. "Precisamos de garantir novas formas de energia", acrescentou.
As renováveis permitem também proteger o mundo dos riscos inerentes ao uso de fontes de energia nuclear, que terá que ser utilizada quando as reservas fósseis se esgotarem.
Teresa Riber chamou ainda a atenção para o facto de "as energias renováveis serem um elemento chave para que a Europa reduza a sua dependência do exterior". E apesar do investimento inicial que teria que ser feito, e do aumento dos preços no curto prazo, as energias renováveis prevêem uma enorme poupança a longo prazo.
Até agora tudo apontava para que as energias renováveis fossem ainda demasiado instáveis e caras para que pudessem suportar a procura europeia, mas este estudo veio desmistificar essas questões e "mostrar como os patamares das energias renováveis são facilmente alcançáveis", concluiu Tom Brooks.
O responsável pelo Centro de Estratégia Energética disse que a nova estratégia tem que começar nos próximos 5 anos para dar frutos em 2050.

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