Esta talvez seja a melhor notícia do dia... pelo menos para os amantes do chocolate.
Fonte: Ciência Hoje
Estudo prova que consumir chocolate diminui o risco de problemas cardiovasculares.
São muitas as tradições relacionadas com a Semana Santa − entregar os ramos aos padrinhos, comer o folar ou beijar a cruz de Cristo. Algumas podem já estar ultrapassadas nas grandes cidades mas na Páscoa não podem faltar as amêndoas e os ovos, que além de cumprirem a tradição, também podem ajudar a sua saúde.
Segundo um estudo, a ingestão de pequenas quantidades de chocolate (de preferência negro) está relacionada com uma tensão arterial mais baixa e com menos risco de enfartes.
Certamente que os amantes de chocolate lêem com um sorriso nos lábios a investigação dirigida por Brian Buijsse, um médico de epidemiologia e nutricionista do Instituto alemão da Nutrição Humana, que suporta os efeitos benéficos deste alimento.Na última década, diferentes estudos já registaram os efeitos do chocolate no organismo, sobretudo o relacionado com a saúde cardiovascular. No entanto, os resultados têm sido um pouco ambíguos: alguns apontavam para um efeito positivo e outros alertavam que não se poderias estabelecer uma relação entre a ingestão deste doce e um menor risco de doenças cardíacas.
Daí a importância deste trabalho desenvolvido por cientistas alemães, que tiveram em conta os hábitos de vida de 20 mil participantes, a sua tensão arterial, peso, propensão a doenças cardiovasculares ao longo de uma década.
Depois de conhecer o número de enfartes do miocárdio produzidos durante esse tempo, os investigadores analisaram o tipo de alimentação de cada participante e a quantidade de chocolate que consumiam.
Seis gramas da diferença
A equipa de investigação pôde comprovar que aqueles que tinham consumido 7,5 gramas por dia de chocolate tinham uma tensão arterial mais baixa e um risco 39 por cento inferior de sofrer um episodio cardiovascular do que aqueles que apenas tinham ingerido 1,7 gramas por dia.
O responsável pelo efeito positivo que exerce este doce sobre a saúde cardiovascular parecer ser responsabilidade dos flavonóides (grupo de fitonutrientes). “Esta substância melhora a biodisponibilidade do óxido nítrico [um potente vasodilatador] nas células presentes na parede dos vasos sanguíneos (células endoteliais). O óxido nítrico é um gás que, uma vez libertado, gera um alargamento e relaxamento das células endoteliais; isto poderia contribuir para uma menor tensão arterial. Além disso, melhora a função plaquetária e faz com que o tecido endotelial seja menos atractivo para ser atacado pelos leucócitos”, explica Buijsse.
Todos estes motivos, e não apenas uma redução na tensão arterial, podem explicar o motivo de os participantes que consumiram seis gramas mais de chocolate sofreram menos acidentes vasculares cerebrais.
Quanto mais negro melhor
Mas antes que os viciados em chocolate comecem a consumir sem limite o seu precioso objecto de desejo, Buijsse alerta: “A ingestão de pequenas quantidades de chocolate podem ajudar a prevenir doenças cardiovasculares, mas apenas se substituírem outro tipo de alimentos energéticos, como os snacks ou doces, para tentar manter o peso”.
Os investigadores recomendam ainda o consumo de chocolate negro. No entanto, nem todos os consumidores preferem a tablete mais escura. Segundo a análise a um subgrupo de participantes (1 568), 57 por cento preferem chocolate de leite, 24 por cento o negro e 2 por cento o branco. “O chocolate com leite contem menos cacau e portanto menos flavonóides do que o negro”, garantem os cientistas.
Frank Ruschitzka, professor de cardiologia e director da Unidade de Transplantes do Hospital Universitário de Zurich, na Suíça, explica num editorial da mesma revista que “a ciência básica demonstrou convincentemente que particularmente o chocolate negro, o que contem no mínimo 70 por cento de cacau, reduz o stress oxidativo e melhora a função vascular e plaquetária. No entanto, antes de começar a adicionar à nossa dieta este doce, devemos ser conscientes de que uma tablete de 100 gramas contém 500 calorias. Por este motivo, devemos eliminar uma quantidade equivalente de calorias, descartando outros alimentos, para que não engordemos”.
Agora já sabe: na Páscoa escolha um ovo de chocolate negro!
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