terça-feira, abril 13

O verdadeiro preço do petróleo em 104 minutos

Fonte: Ciência Hoje

Exibição pública de «Crude», pela primeira vez em Portugal.

(Foto de Juan Diego Pérez)

O Centro de Ciências do Mar (CCMAR), em conjunto com a Universidade do Algarve (UAlg) EcoSessions e a Amazon Watch, promove no próximo dia 20 de Abril, a exibição pública do filme «Crude: the real price of oil» («Crude: O verdadeiro preço do petróleo», de 2009), no Anfiteatro Teresa Gamito da UAlg, às 11h. 
A obra, apresentada pela primeira vez em Portugal, representa a história épica de um dos casos legais mais controverso do planeta – o infame «Amazon Chernobyl», de 27 mil milhões de dólares. Este documentário de 104 minutos, classificado como ‘cinema-verité’, tem a assinatura de Joe Berlinger, também realizador de «Brother’s Keeper», «Paradise Lost» e «Metallica: Some Kind of Monster», para além de jornalista e fotógrafo.
A produção e distribuição independente da Entendre Films Company teve a sua estreia em Janeiro de 2009, no Sundance Film Festival e arrebatou vários prémios, em certames como One World Media Awards, Independent Film Festival of Boston, Yale Environmental Film Festival, Festival International du Film d’Environnement, Thessaloniki Documentary Festival, AFI Dallas International Film Festival, Big Sky Documentary Film Festival e o Nashville Film Festival, entre muitos outros.
Este olhar em bruto é uma aposta que retrata um drama legal da vida real tendo como pano de fundo um movimento ambiental, a política global, o activismo de celebridades, defesa dos direitos humanos, os media, o poder das corporações multinacionais, e o desaparecimento iminente de culturas indígenas.

A demanda dos queixosos
Filmado em três continentes e múltiplas línguas – no Equador: Quito, Lago Agrio, Shushufindi, Dureno, San Pablo, San Carlos, Guayaquil, Puerto Lopez, várias localidades da Amazónia; Estados Unidos: Nova Iorque, California, Texas, Florida, Washington DC, Colorado, Pennsylvania e Nova Jersey e ainda no Reino Unido (Londres) –, Berlinger centrou-se nos demandantes que afirmam que a Texaco (que se fundiu com a Chevron em 2001) passou três décadas a contaminar uma das áreas de maior biodiversidade do planeta, a envenenar a água, ar e terra.
Os queixosos alegaram que a poluição criou uma zona de morte (‘death zone’), onde se verificou o aumento das taxas de cancro, leucemia, malformações em bebés, e uma multiplicidade de outras doenças. As operações ligadas ao petróleo contribuiram para a destruição dos povos indígenas afectados e, irrevogavelmente, do modo de vida tradicional.
«Crude» incide sobre o custo de vidas humanas devido à dependência do petróleo e na tarefa cada vez mais difícil de fazer com que uma grande corporação se responsabilize pelas suas acções passadas.

0 comentários:

Enviar um comentário